Aves silvestres morrem por gripe aviária em zoológico do RS; “vírus rondando”, diz ministro
# Gripe aviária em zoológico do RS eleva alerta para produtores avícolas
A detecção de casos de gripe aviária em aves silvestres no zoológico de Sapucaia do Sul, Rio Grande do Sul, intensifica o estado de alerta no setor avícola brasileiro, especialmente após a confirmação do primeiro foco em granja comercial no país. O evento exige atenção redobrada dos produtores rurais quanto aos protocolos de biosseguridade.
**Situação atual no Rio Grande do Sul**
A coordenadora do Programa Nacional de Sanidade Avícola no Rio Grande do Sul, Tais Oltramari Barnasque, confirmou que as mortes de aproximadamente 90 aves aquáticas silvestres no zoológico de Sapucaia do Sul foram causadas pelo vírus da gripe aviária. Este número representa cerca de 20% do total de aves aquáticas do local, que permanecerá fechado por tempo indeterminado. A doença tem apresentado uma taxa de mortalidade “bastante alta e súbita”, conforme destacou Ananda Kowalski, coordenadora do Programa Estadual de Sanidade Avícola.
**Relação com o caso em granja comercial**
O zoológico está localizado a aproximadamente 50 km de Montenegro, município onde foi detectado o primeiro foco de gripe aviária em uma granja comercial brasileira. Na propriedade afetada, cerca de 17 mil aves morreram devido à doença ou foram sacrificadas como medida preventiva para conter a disseminação do vírus altamente patogênico.
**Posicionamento do governo federal**
O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, comentou que a ocorrência “é um indício de que o vírus está rondando a região”. Contudo, o ministro fez questão de ressaltar duas importantes distinções:
1. O Brasil já registrou casos de gripe aviária em aves silvestres há dois anos, e essas ocorrências, por si só, não geram embargos de importadores.
2. O sistema sanitário brasileiro é “muito robusto”, o que dificulta significativamente a entrada do vírus em granjas comerciais.
**Impactos comerciais e perspectivas**
Embora casos em aves silvestres não resultem automaticamente em restrições comerciais, o foco em granja comercial tem potencial de provocar embargos por parte de importadores, incluindo a China, conforme estabelecido nos protocolos sanitários internacionais. A Argentina já anunciou a suspensão das importações de produtos e subprodutos avícolas do Brasil.
**Medidas de biosseguridade e prevenção**
O ministro Fávaro destacou a eficiência dos protocolos de higiene e controle de acesso às granjas brasileiras. “Para adentrar numa granja é bastante difícil. Todos os protocolos de higiene e de acesso às granjas brasileiras são muito eficientes”, afirmou, ressaltando que o Brasil foi o último dos grandes produtores de frango a registrar gripe aviária em granjas comerciais.
**Perspectivas para o setor**
Especialistas do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada) acreditam que o setor conseguirá conter os casos e negociar flexibilizações de embargos. Há avaliações de que o impacto no mercado pode ser maior que o risco real da doença, considerando a robustez do sistema sanitário brasileiro e a experiência acumulada com o monitoramento de aves silvestres nos últimos anos.
O momento exige vigilância constante por parte dos produtores e implementação rigorosa de todos os protocolos de biosseguridade recomendados pelos órgãos sanitários, evitando assim a disseminação do vírus para outras propriedades.
**Fonte: Notícias Agrícolas**
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