“Precisamos olhar a oportunidade de transformar o mercado de carbono em uma commodity global”, diz governador do Pará
# Mercado de Carbono avança como potencial commodity global, afirma governador do Pará
O Governador do Pará, Helder Barbalho, apresentou uma visão estratégica sobre a transformação do mercado de carbono em uma commodity global durante sua participação no Global Agribusiness Festival (GAFFFF 2025). Em um momento em que o agronegócio brasileiro busca conciliar produção e sustentabilidade, o político destacou a oportunidade de valorizar a “floresta viva” como um ativo econômico de grande potencial para o país.
**O valor da floresta em pé**
“Floresta viva tem que valer mais que floresta morta”, enfatizou o governador durante sua participação no evento. Esta declaração resume a filosofia por trás das iniciativas do estado paraense, que vem buscando mecanismos para transformar a preservação em oportunidade econômica. Barbalho destacou que o Brasil, detentor do maior estoque de floresta tropical do mundo, tem potencial para liderar esta agenda globalmente.
**Controvérsias e desafios jurídicos**
A fala do governador ocorre em um contexto de questionamentos jurídicos. Recentemente, o Ministério Público Federal (MPF) moveu ação na Justiça Federal paraense pedindo a suspensão e anulação do contrato internacional de aproximadamente R$ 1 bilhão firmado entre o governo estadual e a Coalizão Leaf para compra e venda de créditos de carbono. Em resposta, Barbalho afirmou que o Conselho Nacional do Ministério Público já validou a estratégia adotada pelo estado e que caberá à justiça fazer a avaliação final.
**Beneficiários do mercado de carbono**
Um aspecto importante destacado pelo governador é que os recursos provenientes do mercado de carbono serão direcionados para:
– Povos indígenas
– Comunidades quilombolas
– Extrativistas
– Produtores rurais que adotem práticas sustentáveis
Esta distribuição demonstra uma tentativa de criar um modelo econômico que beneficie diretamente os “guardiões da floresta”, reconhecendo seu papel na preservação ambiental.
**Produção e preservação: uma coexistência necessária**
O governador foi enfático ao declarar que não há conflito entre a agenda ambiental e a agenda produtiva. “O Estado do Pará está trabalhando para promover cada vez mais a conciliação entre produção e sustentabilidade”, explicou. Esta visão alinha-se com as tendências globais que buscam modelos de desenvolvimento que respeitem os limites ecológicos do planeta.
**Perspectivas para a COP-30**
Barbalho também mencionou a importância da COP-30, que será realizada em Belém do Pará, como um momento crucial para ampliar essas discussões. O evento representa uma oportunidade para o Brasil demonstrar seu compromisso com soluções sustentáveis e atrair investimentos para o mercado de carbono nacional.
**Desafios para a implementação efetiva**
Apesar do otimismo oficial, existem desafios práticos para a implementação efetiva do mercado de carbono. Como apontado por um comentário ao final da matéria original, há produtores que investiram em projetos de crédito de carbono mas ainda não viram retornos financeiros concretos, o que levanta questões sobre a efetividade dos mecanismos existentes e a necessidade de maior transparência e regulamentação do setor.
**Fonte: Notícias Agrícolas**
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