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Clima extremo custa a agricultores da UE 28 bilhões de euros por ano, diz relatório

# Mudanças climáticas geram prejuízos bilionários aos produtores europeus

A agricultura europeia enfrenta desafios crescentes com as mudanças climáticas, que já custam cerca de 28,3 bilhões de euros (US$ 31,9 bilhões) anualmente ao setor agrícola da União Europeia. Este valor, equivalente a 6% da produção agrícola e pecuária anual do bloco, foi revelado em recente análise apoiada pela Comissão Europeia e pelo Banco Europeu de Investimento, destacando a vulnerabilidade dos produtores rurais diante dos eventos climáticos extremos.

**Impacto econômico e lacunas no sistema de proteção**

Um dado alarmante revelado pelo relatório é que apenas 20% a 30% das perdas relacionadas ao clima são cobertas por sistemas de seguros, sejam eles públicos, privados ou mútuos. Isso deixa os agricultores europeus expostos a enormes prejuízos financeiros, comprometendo a sustentabilidade econômica das propriedades rurais. O comissário de agricultura da UE, Christophe Hansen, enfatizou a necessidade urgente de ações para cobrir as perdas restantes, sugerindo o uso dos subsídios agrícolas da UE para enfrentar os riscos climáticos.

**Principais eventos climáticos e suas consequências**

A seca destaca-se como o evento climático mais devastador, sendo responsável por mais da metade das perdas agrícolas totais na Europa. O sul do continente é particularmente vulnerável, com projeções indicando que países como Espanha e Itália podem enfrentar perdas anuais de até 20 bilhões de euros em anos considerados “catastróficos” até 2050. A análise aponta que, sem medidas mais enérgicas para combater as mudanças climáticas, as perdas médias das colheitas podem aumentar em até 66% nas próximas décadas.

**Tensões entre políticas ambientais e pressões do setor**

O setor agrícola europeu encontra-se em uma posição complexa, sendo simultaneamente vítima e contribuinte para as mudanças climáticas. Por um lado, sofre com secas e chuvas extremas; por outro, é responsável por emissões de metano, poluição por fertilizantes e uso intensivo de água. Essa dualidade tem gerado tensões, com grupos de lobby agrícola organizando protestos contra políticas ambientais mais rigorosas, o que levou a Comissão Europeia a anunciar recentemente planos para suavizar algumas condições ambientais nos subsídios agrícolas.

**Iniciativas de financiamento e adaptação**

O Banco Europeu de Investimento está orientando seus esforços para apoiar os agricultores através de financiamentos para projetos de adaptação, como sistemas de irrigação eficientes, além de fornecer empréstimos e garantias. Há também planos para aumentar os gastos em projetos hídricos, o que pode beneficiar diretamente o setor agrícola. Essas iniciativas visam não apenas mitigar os impactos econômicos imediatos, mas também fortalecer a resiliência do setor a longo prazo.

**Lições para o agronegócio global**

O cenário europeu oferece importantes lições para o agronegócio mundial, incluindo o brasileiro. A necessidade de ampliar a cobertura de seguros rurais, investir em tecnologias de adaptação climática e buscar equilíbrio entre produtividade e sustentabilidade ambiental são desafios compartilhados globalmente. Para produtores rurais, independentemente de sua localização, o planejamento financeiro e a adoção de práticas resilientes ao clima tornam-se cada vez mais essenciais para a sustentabilidade dos negócios agrícolas.

**Fonte: Notícias Agrícolas**
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