Milho passa a operar em campo misto na B3, enquanto Chicago segue recuando nesta 3ª feira
# Mercado de milho na B3 opera com volatilidade em meio à colheita da safrinha
O mercado brasileiro de milho apresenta um comportamento misto nos contratos futuros negociados na B3, refletindo a dinâmica de início da colheita da segunda safra e os ajustes técnicos que ocorrem neste período. Apesar das pressões baixistas naturais da entrada da safra, o cereal busca referenciais de preços que possam sustentar as cotações em um cenário de retomada da competitividade internacional do produto brasileiro.
**Comportamento dos contratos na B3**
Os contratos futuros de milho na B3 apresentaram volatilidade significativa durante o pregão desta terça-feira (27). Após registrarem altas superiores a 1% pela manhã, os contratos passaram a operar em campo misto à tarde, com o vencimento de julho registrando leve alta de 0,11% (R$ 63,11 por saca), enquanto o contrato de setembro recuava 0,2% (R$ 64,84). Este movimento demonstra o momento de transição que o mercado atravessa, com os preços buscando ajustes mesmo com o avanço da colheita.
**Impacto da colheita da segunda safra**
A colheita da segunda safra já começou nos estados do Mato Grosso e do Paraná, principais produtores do cereal. Este evento normalmente pressiona as cotações para baixo devido ao aumento da oferta interna. Porém, os contratos mais longos da B3 têm se aproximado do indicador Cepea, que fechou a R$ 71,24 por saca, sinalizando que o mercado ainda busca referências de preços mais alinhadas com a realidade do abastecimento nacional.
**Cenário internacional e posicionamento do Brasil**
No mercado internacional, os contratos futuros negociados na Bolsa de Chicago operavam em queda, com recuos entre 1,50 e 5,25 pontos, pressionados principalmente pelas baixas no mercado de trigo. Apesar desse cenário externo negativo, o Brasil recupera competitividade no mercado global.
Conforme destacado pela Agrinvest Commodities, “o mercado físico do milho está voltando ao seu normal”. Durante o segundo semestre de 2024 e o primeiro semestre de 2025, o milho americano dominou o mercado, mas agora há mudanças importantes na matriz de competitividade que recolocam o Brasil como origem preferencial para os próximos meses, especialmente para compradores asiáticos.
**Perspectivas para o mercado brasileiro**
O posicionamento do milho brasileiro no mercado internacional representa uma oportunidade para os produtores nacionais. Após um período de domínio do produto americano, o cereal brasileiro volta a ganhar espaço nas exportações, o que pode trazer suporte adicional aos preços domésticos mesmo em plena colheita da segunda safra.
A expectativa é que a produção americana seja maior, mas a competição com outras origens, incluindo o Brasil, também será mais intensa, cenário bastante diferente do observado na temporada 2024-25. Esta dinâmica competitiva poderá influenciar diretamente o comportamento dos preços no mercado interno nos próximos meses.
**Fonte: Notícias Agrícolas**
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