Preços do suíno vivo cedem nesta quarta-feira (28)
# Mercado de suínos registra ajuste de preços em meio a desafios setoriais
A suinocultura brasileira enfrenta um momento de ajuste de preços, refletindo a tradicional oscilação de final de mês e os impactos indiretos de outros setores do agronegócio. Este cenário traz importantes considerações para produtores que precisam acompanhar o mercado atentamente para otimizar suas decisões comerciais.
**Queda nos preços do suíno vivo**
O mercado do suíno vivo registrou recuo nas cotações em quase todas as principais praças produtoras do país. Segundo dados do Cepea/Esalq, Minas Gerais apresentou a maior queda (1,69%), com o preço chegando a R$ 8,14/kg. Santa Catarina, maior estado produtor, teve redução de 1,88%, com valor de R$ 7,84/kg. No Paraná, o recuo foi de 0,99%, alcançando R$ 8,04/kg, enquanto São Paulo registrou leve queda de 0,24%, com cotação de R$ 8,46/kg. Apenas o Rio Grande do Sul manteve estabilidade, com preço em R$ 8,02/kg.
**Dinâmica do mercado atacadista**
No atacado da Grande São Paulo, a carcaça especial suína também apresentou leve desvalorização nos últimos dias. Segundo a Scot Consultoria, a carcaça especial fechou com preço médio de R$ 12,20/kg, mantendo-se estável, assim como a arroba do suíno CIF em São Paulo, que permaneceu em R$ 154,00. Apesar das quedas pontuais, o balanço mensal segue positivo, com médias superiores às registradas no mês anterior.
**Influência do poder de compra e sazonalidade**
A principal explicação para a redução nos preços está no enfraquecimento da demanda doméstica, fenômeno típico deste período do mês, quando o poder de compra dos consumidores diminui. Diante deste cenário, o setor realiza ajustes nas cotações para baixo, estratégia que visa manter a liquidez nas vendas e evitar o acúmulo de estoques nas granjas e frigoríficos.
**Impacto da gripe aviária no setor suinícola**
O primeiro caso confirmado de Influenza Aviária em uma granja comercial, ocorrido em Montenegro (RS), trouxe preocupação adicional para a cadeia suinícola. Produtores e especialistas consultados pelo Cepea demonstram atenção redobrada, uma vez que possíveis alterações na oferta doméstica de carne de frango podem influenciar diretamente os preços da carne suína, dado o caráter de concorrência entre estas proteínas no mercado interno. A situação exige monitoramento constante por parte dos produtores e frigoríficos.
**Perspectivas para o mercado suinícola**
A tendência é que o mercado siga monitorando tanto os fatores internos de demanda quanto os desdobramentos da gripe aviária no país. Caso as restrições à exportação de frango brasileiro se intensifiquem, pode haver redirecionamento de proteínas para o mercado interno, pressionando os preços da carne suína. Por outro lado, o avanço nas exportações de carne suína pode amenizar esse impacto, equilibrando a oferta no mercado doméstico.
O produtor deve estar atento às flutuações de curto prazo, mas sem perder de vista que o balanço do mês segue positivo, sinalizando que o setor mantém fundamentos saudáveis apesar dos desafios conjunturais.
**Fonte: Notícias Agrícolas**
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