Soja fecha em queda na Bolsa de Chicago nesta 6ª, mas de olho nas chuvas intensas no Corn Belt
# Chuvas intensas no Corn Belt impactam mercado de soja em Chicago
As cotações da soja na Bolsa de Chicago encerraram a sexta-feira (23) em queda, com os contratos registrando perdas entre 4,50 e 6,75 pontos. Este movimento ocorreu após uma semana de ganhos expressivos, influenciado principalmente por realização de lucros e reavaliação dos riscos climáticos.
**Panorama de mercado na sexta-feira**
Os contratos de soja iniciaram o dia com estabilidade, mas logo viraram para o campo negativo, acompanhando a desvalorização do farelo. O contrato julho fechou cotado a US$ 10,60 por bushel, enquanto o setembro encerrou a US$ 10,42. O mercado reagiu após ganhos significativos durante a semana, com traders aproveitando para realizar lucros.
**Condições climáticas nos EUA**
As previsões meteorológicas para o Corn Belt americano permanecem como fator de atenção para os operadores. Segundo dados do NOAA (serviço meteorológico americano), volumes intensos de chuva são esperados entre 24 e 31 de maio para importantes estados produtores como Missouri, Iowa, Illinois, Indiana e Nebraska.
Apesar do plantio da safra 2025/26 ter registrado bom avanço nas últimas semanas, as precipitações previstas podem comprometer o ritmo das operações em campo e possivelmente afetar o desenvolvimento inicial das lavouras em algumas regiões.
**Situação na Argentina**
O cenário climático também preocupa na Argentina, onde regiões já afetadas por severas enchentes entre 15 e 17 de julho na Província de Buenos Aires devem receber novos volumes significativos neste final de semana. Os últimos levantamentos da Bolsa de Cereais de Buenos Aires indicam que mais de 800 mil hectares da área de soja foram perdidos devido às inundações.
**Tensões comerciais no horizonte**
O mercado acompanha com apreensão o aumento das tensões comerciais entre Estados Unidos e União Europeia. Donald Trump anunciou a recomendação de uma tarifa de 50% sobre produtos europeus a partir de 1º de julho de 2025, como resposta ao que considera práticas comerciais injustas.
Esta situação gera preocupação entre operadores, considerando que a UE é o segundo maior comprador de soja americana, adquirindo entre 4 e 5 milhões de toneladas anualmente. Retaliações comerciais poderiam impactar significativamente o fluxo de exportações do grão.
**Perspectivas para o mercado brasileiro**
Para o Brasil, este cenário de incertezas climáticas nos Estados Unidos e problemas na Argentina pode representar oportunidades, especialmente para negócios da safra 2025/26. Durante a semana, analistas observaram que o mercado futuro esteve mais ativo que o disponível, com produtores de olho nas cotações acima de US$ 10,80 por bushel em Chicago.
A expectativa é que, com possíveis problemas na oferta americana e argentina, os compradores internacionais, especialmente a China, possam intensificar suas aquisições do produto brasileiro no segundo semestre.
**Fonte: Notícias Agrícolas**
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